Lúcio, Júlio César e Maicon comemoram conquista do Mundial de Clubes da Fifa

No dia em que a Inter de Milão conquistou o tricampeonato, o goleiro brasileiro Júlio César disse que a Liga dos Campeões foi mais importante do que o Mundial de Abu Dhabi para o clube. Para ele, os 45 anos de jejum na principal competição europeia criaram esta disparidade.

"Como a Champions (Liga dos Campeões) não vai ser. A Inter estava há 45 anos sem ganhar este título. O presidente (Massimo Moratti) sonhava, assim como os torcedores. A Champions é particular. Depois as coisas vão se encaixando como uma corrente", disse após a vitória por 3 a 0 sobre o Mazembe no último sábado.

Pessoalmente, Júlio César coloca os títulos em outra perspectiva. "Nós sul-americanos sabemos da importância deste torneio. Nós comemoramos muito, assim como os argentinos e os colombianos. Eu tive a oportunidade de ver times brasileiros ganhando e a gente sonhava com ela. É mais um sonho que se realizou. Agora vou conseguir viajar mais feliz para o Brasil", disse.

O zagueiro Lúcio também encarou o título como uma realização pessoal. "Fui campão mundial com a Seleção em 2002, já faz um tempo. Este (o Mundial) é um titulo que não havia no meu currículo. Para mim, sempre todos os títulos têm o mesmo sabor de vitória", disse, sem querer comparar importâncias.

Por último, o lateral direito Maicon apresentou um discurso que resume também os sentimentos de Lúcio e Júlio César. Os três estiveram na campanha brasileira na Copa do Mundo da África do Sul e ainda sentem o gosto pela eliminação para a Holanda nas quartas de final.

"É totalmente diferente. Queria vencer muito aquele título com a Seleção Brasileira. Seria o máximo como jogador. Queria muito vencer e acabou não acontecendo. Esse aqui veio coroar um ano perfeito na Inter", disse.

Julio César está pronto para a semifinal (Foto: EFE)

O Inter de Milão entrará em campo reforçado nesta quarta-feira, às 15h (de Brasília), diante do Seongnam, da Coreia do Sul, em sua estreia no Mundial de Clubes. Lesionados há várias semanas, Maicon, Julio César e Diego Milito treinaram normalmente e vão defender os nerazzurri na competição que praticamente vale o cargo do treinador Rafa Benítez. O goleiro brasileiro, inclusive, não atua desde o dia 29 de outubro, quando se machucou na vitória contra o Genoa. O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real.

O atacante argentino ratificou a importância do título para os italianos.

– É uma única ocasião para nós e nunca se sabe quando você vai ter outra chance para fazer isso em sua carreira. Temos de dar nosso máximo nesse Mundial. Daria tudo para vencer porque é importante alcançar outro objetivo. Seria ótimo marcar um gol, mas vencer é ainda melhor – disse Milito, que não atua desde o dia 14 de novembro, no clássico contra o Milan.

As lesões vinham sendo a principal dor de cabeça de Benítez, que teve de escalar muitos jogadores reservas durante a temporada. O time à disposição, também com Sneijder, Cambiasso e Zanetti, lembra muito o que conquistou a tríplice coroa em maio sob comando de José Mourinho. Eto'o, suspenso nos últimos três jogos por conta de uma cabeçada em um jogador rival, está confirmado.

O Inter de Milão chegou nesta sexta-feira em Abu Dhabi para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa. O campeão europeu estreia na competição na próxima quarta-feira. A equipe italiana enfrenta o vencedor do confronto entre Al Wahda e Seongnam Ilhwa Chunma. O grupo de jogadores, que conta com os brasileiros Julio César, Maicon, Lúcio e Thiago Motta, foi direto para o hotel na capital dos Emirados Árabes.

O goleiro Julio César e o argentino Esteban Cambiasso estão fora da partida do Inter de Milão contra o Tottenham, terça-feira, pela quarta rodada do Grupo A da Liga dos Campeões. O duelo será realizado no estádio White Hart Lane, em Londres.

Com lesões musculares, os dois deixaram o gramado durante o confronto no qual o time nerazzurro venceu o Genoa por 1 a 0, na última sexta-feira, pelo Campeonato Italiano.

Julio César será substituído pelo goleiro reserva Luca Castellazzi, enquanto o hermano dará lugar ao ganês Sulley Muntari.

O goleiro Julio Cesar foi um dos jogadores do Inter que mais sentiram a derrota de 1 a 0 para o Roma, no último sábado, pela quinta rodada do Campeonato Italiano. O gol do time da capital, marcado por Vucinic, saiu aos 47 minutos do segundo tempo

- O Roma não criou muito e eu lamento esse gol no final. É uma facada no coração perder dessa maneira - afirmou em entrevista à emissora oficial do Inter de Milão.

O arqueiro brasileiro disse não dava para evitar o gol do montenegrino.

- É difícil quando um atacante chega por trás. Não tinha muito o que fazer. Foi um bonito gol - disse, resignado.

Agora com a camisa 1 do Inter de Milão, o brasileiro Julio Cesar parte para mais uma temporada de títulos. Atual campeão italiano, da Liga dos Campeões da UEFA e da Copa da Itália, o goleiro já disputou três partidas pela Série A: foram duas vitórias e um empate, resultados que deixam o Inter na liderança do Italianão, ao lado do Cesena (do também brasileiro Diego Cavalieri).

Considerado o melhor goleiro do mundo, um dos principais destaques do Brasil na Copa Do Mundo de 2010, Julio Cesar faturou o troféu do Prêmio Tudo de Bom!, que é uma parceria entre O DIA e o Sesc Rio de Janeiro, na categoria Esporte. O atleta que começou sua carreira profissional no Flamengo, hoje veste a camisa da Inter de Milão.

Foto: André Luiz Mello / Agência O Dia
 

O jogador concorreu ao prêmio com atletas de peso, como Bárbara Leôncio, Cesar Cielo, Daniel Dias, Fabiana Murrer, Felipe Massa, Giba, Marcelinho ídolo do basquete do Fla, Neymar, Sarah Menezes. 

Os jurados que escolheram os finalistas são: Bernardinho, Hélio Cícero, Jackie Silva, Marluci Martins, Renato Gaúcho e equipe TV TDB!. A votação contou com mais de 100 mil votos de leitores.  

O goleiro Júlio César e o lateral Maicon, ambos brasileiros da Inter de Milão, foram eleitos nesta quinta-feira em Mônaco os melhores jogadores em suas posições da temporada 2009/2010 da Liga dos Campeões da Europa.

A Uefa premia quatro jogadores: goleiro, defensor, meio-campo e atacante, que sãoeleitos pelos técnicos das 16 equipes que chegaram às oitavas de final da competição.

Júlio César recebeu o troféu das mãos do ex-goleiro espanhol Andoni Zubizarreta e superou na votação o espanhol Víctor Valdés, do Barcelona e o francês Hugo Lloris, do Lyon.

Já Maicon superou o também brasileiro Lúcio, da Inter de Milão e o espanhol Gerrard Pique, do Barcelona.

Foram eleitos também o meia Sneijder e o atacante Diego Milito, companheiros dos brasileiros no time italiano. O atacante argentino deixou para dois astros do futebol europeu, Lionel Messi, do Barcelona e Wayne Rooney, do Manchester United, para vencero prêmio de melhor na posição.

 

 

Susana Werner e Julio Cesar fizeram a maior bagunça na piscina durante sua festa de despedida do Brasil. O casal voltou para a Itália, onde o goleiro joga, na manhã desta quarta, 28, mas na segunda receberam amigos e familiares para uma festinha em casa que teve canja do pagodeiro Belo. No fim, todos acabaram sendo jogados na piscina, inclusive David Brazil, que ganhou até bolo para cantar parabéns. 

O goleiro da seleção brasileira Júlio César continua curtindo suas férias no Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira, 21, o atleta foi à praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Júlio estava acompanhado do ator Eri Johnson. 

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Nos últimos dias de férias no Brasil, o goleiro Júlio César aproveitou a manhã de segunda-feira (19) para curtir osamigos.

O craque da Seleção Brasileira chegou cedo à praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e se divertiu participando de uma partida de futevôlei ao lado do ator e cantor Evandro Mesquita.

Todos os personagens do fracasso do Brasil na Copa do Mundo ainda sobrevoavam a África do Sul a bordo de um Airbus fretado pela CBF, no momento em que o goleiro Julio Cesar deixou a primeira classe do voo JJ 9599 - com destino ao Rio e, depois, São Paulo - para conversar com outros passageiros. Queria desabafar. Era visível o desconforto do jogador com o desfecho da campanha da seleção, eliminada da competição pela Holanda.

"Tenho vontade de sumir", declarou, tenso, com os olhos vermelhos, tentando se controlar para não repetir o choro que o acompanhou por mais de 24 horas, depois daquela partida, disputada na sexta-feira, em Port Elizabeth e que determinou a eliminação do Brasil da Copa do Mundo da África do Sul.

No confronto, Julio Cesar teve uma falha determinante no primeiro gol do adversário, lance que deu início à reação da Holanda, classificada para enfrentar o Uruguai numa das semifinais do Mundial.

"Ele está obcecado com isso e não fala em outra coisa. Foi assim no estádio, no hotel, no ônibus e agora no avião. Fica se desculpando o tempo todo, é impressionante. Dá muita pena vê-lo assim", contou, comovido, um funcionário da CBF à reportagem da Agência Estado, também presente no voo da seleção.

O drama de Julio Cesar chamou a atenção até mesmo da tripulação do voo de volta da África do Sul para o Brasil. Uma comissária de bordo que lhe ofereceu um copo de água, quando da visita do goleiro à classe econômica, notou o quanto ele estava descompensado: "Acabei de ver uma pessoa destruída".

Julio Cesar continuava a resenha, falava mais que seus interlocutores. Às vezes desviava o assunto para analisar as quatro equipes que chegaram à fase semifinal do Mundial. Pouco antes, num comunicado da cabine do comandante, todos os passageiros tomaram conhecimento da vitória da Espanha sobre o Paraguai. Mas bastava uma pequena pausa e o goleiro voltava a expor seu drama pessoal. 

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 O goleiro Julio Cesar foi bem recebido. No momento em que saía, se emocionou com os aplausos e com o carinho das pessoas que o aguardavam no portão. O camisa 1 falou rapidamente com a imprensa e deixou o aeroporto em um carro particular. Chorando muito, foi consolado pela mãe.

- Estou muito emocionado. Agradeço à torcida brasileira. É fruto de três anos e meio de trabalho. A seleção resgatou o amor da torcida pela seleção - disse.

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Como fã, desde o tempo do Flamengo, ver que o seu ídolo falhou não é fácil. Ele mesmo já disse que falhou. Que errou. E como todo o bom ser humano que erra um dia, foi a público e assumiu. Ponto. Vira a página.

Eu não me lembro muito do sofrimento de uma nação em 86, depois que o Zico perdeu o penalti. Nessa copa, ainda teve a disputa de penâlti que o Brasil não teve competência para ganhar. Agora, em 2010, o Júlio falhou no primeiro gol. E depois teve o segundo gol, a expulsão do Felipe Melo, a exposição cruel de que o Dunga não tinha opções, muito menos um plano B.

Ao sofrimento do Júlio César, eu me junto. Se é ruim demais sofrer por uma falha de um ídolo, imagina vê~lo sofrendo, desta forma.

O meu conforto é que é o melhor goleiro do mundo. Um grande cara. E para esse tipo de pessoa, a volta por cima embora ele não esteja embaixo é muito mais fácil. É muito mais rápida.

Força Júlio. Porque já já quero escutar è Julio, Julio, é Júúúúúúúlio César do Brasiiiiiil!

Julio Cesar foi o primeiro a deixar o vestiário depois da eliminação. Com os olhos vermelhos e se controlando para não chorar mais durante os 15 minutos que ficou na zona mista, o goleiro admitiu que falhou. Ele acusou o golpe pelo gol de custou o empate e, posteriormente, o fim do sonho pelo hexacampeonato.

"Falhei. Estou colocando minha cara à tapa. Os melhores também erram. É uma situação que acontece no nosso trabalho", afirmou Julio Cesar. O goleiro tentou explicar o que ocorreu na jogada do primeiro gol holandês. "Foi um lance de dúvida entre mim e o Felipe Melo. Nós acabamos indo na mesma bola na vontade de querer ajudar, querer acertar. E, quando isso acontece, acaba sempre no pior", alegou. "Ele tocou na bola e ela acabou entrando. Nem para bater na trave ou ir para fora."

Julio Cesar reconheceu que sua falha alterou o rumo da partida. "Sentimos um baque e, em uma jogada de escanteio ensaiada, eles souberam aproveitar e fizeram o segundo gol. Para correr atrás é complicado, porque é uma seleção experiente, que tem grandes jogadores. Eles só administraram o resultado."

Não foi apenas Julio Cesar que chorou. A derrota, segundo ele, deixou todos os jogadores bastante abalados. "Foi difícil segurar. No momento em que o arbitro apitou o final do jogo, parecia que o mundo havia desabado", definiu. "Era um resultado que ninguém esperava pelo que vínhamos fazendo nestes últimos três anos e meio. A gente vinha sempre citando que o grupo estava muito confiante, nós estávamos bastante unidos, mas o futebol tem dessas coisas."

Futuro. Julio Cesar afirmou que vai levar um bom tempo para o grupo esquecer a eliminação de ontem. "Agora precisamos dar tempo ao tempo. É voltar para casa, procurar esquecer, porque é uma derrota que vai machucar por muito tempo. Todos os jogadores estão tristes, estávamos confiantes. Mas futebol também reserva momentos assim", lamentou.

Por ora, o goleiro de 30 anos, considerado um dos melhores do mundo, não quer pensar em seu futuro na seleção. "Quero apenas voltar para casa, abraçar minha mulher, meus filhos...", explicou. "Não estou pensando se estarei em 2014. Queria muito ganhar esta Copa, me preparei para isso, mas outras seleções também se prepararam e só uma vence. Agora, é tentar esquecer, porque o nosso trabalho precisa continuar nos clubes." 

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Ninguém trocou uma palavra no jantar após a eliminação do Brasil na Copa do Mundo, na África do Sul. Em clima de abatimento total depois da derrota para Holanda, o goleiro Julio Cesar pediu a palavra e fez um discurso em agradecimento ao técnico Dunga.

- Você conseguiu formar um grupo de amigos, de irmãos. Queríamos ganhar muito esse hexa para você - disse o goleiro, aplaudido pelos companheiros de seleção.

A seleção brasileira já tem a programação de retorno ao Brasil. Os jogadores saem de Porto Elizabeth neste sábado, às 17h (12h de Brasília), com destino a Joanesburgo. De lá, a delegação embarca para o Rio de Janeiro às 21h (16h de Brasília). Depois disso, o voo segue para São Paulo.

Julio César foi o primeiro jogador da Seleção Brasileira a falar sobre a eliminação do Brasil no Mundial da Copa do Mundo 2010, nesta sexta-feira (2). O time do técnico Dunga deixa o campeonato da África do Sul, perdendo de virada para a Seleção da Holanda, com um resultado de 2x1.  Visivelmente emocionado, e com lágrimas nos olhos, o goleiro falou ao repórter Tino Marcos, da Globo.  

"É um resultado que ninguém esperava. Com certeza, porque a gente vinha citando sempre que o grupo estava sempre confiante. Aquilo que vinha fazendo ao longo desses três anos e meio, o grupo estava bastante unido. Mas futebol tem dessas coisas. Acho que nessas horas a gente tem que saber reagir. O mundo não acaba. A gente sabe que a confiança do torcedor brasileiro era muito grande. Acho que futebol são 11 contra 11, e acho que no segundo tempo eles mereceram o resultado. O primeiro gol deu um back na equipe.(...) Enfim cosias que acontecem no futebol. Acho que é isso, a gente tem que sair de cabeça erguida. A gente sabe que a cobrança no Brasil é sempre grande em cima da gente. Mas é isso. Valeu pela Copa do Mundo. Valeu por ter chegado até aqui. É um resultado que ninguém esperava porque o Brasil em toda a competição que entra, entra para ganhar. Fica aí a tristeza de todos. Pode ter certeza que estou aqui para dar minha cara à tapa, falando por todo o grupo, porque é um sentimento muito triste. Porque a gente estava muito confiante com o hexa", lamentou o jogador. 

O goleiro brasileiro Júlio César disse que a Holanda, adversária do Brasil nas quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul, é um adversário perigoso, que ainda não mostrou "sua cara" neste Mundial: "É uma equipe diferente da do ano passado. São mais compactos, mais concretos, e muito fortes desde o meio-campo até o ataque", disse o goleiro, em entrevista publicada nesta quinta-feira pelo jornal esportivo italiano "La Gazzetta dello Sport".

Apesar de terem vencido todas as partidas até agora na competição, os adversários do Brasil neste sexta não mostraram o mesmo futebol das eliminatórias européias. Nos oito jogos classificatórias para o Mundial da África do Sul, a Holanda triunfou em todos, marcando 17 gols e sofrendo apenas dois, desempenho que a colocou como favorita para o título da Copa.

Foto: Getty Images

Júlio César foi vazado duas vezes na Copa do Mundo, contra a Coreia do Norte e Costa do Marfim

Júlio César disse que os holandeses têm jogadores muito perigosos, como o meia Wesley Sneijder, seu companheiro de time na Inter de Milão. Para ele, jogadas de bola parada podem ser letais. Outro destaque do time holandês para o goleiro brasileiro é Arjen Robben, que "tem uma canhota terrível, se tiver meio metro para finalizar, não costuma falhar", avaliou.

Sneijder marcou dois gols na atual edição da Copa do Mundo, contra o Japão, pela fase de grupos, e contra a Eslováquia, nas oitavas de final. Robben anotou um, também contra a seleção de leste europeu. No entanto, o companheiro de Júlio César na Inter de Milão atuou nos quatro jogos da Holanda até agora, enquanto Robben chegou ao Mundial fora de suas melhores condições e só começou como titular na partida das oitavas de final.

O goleiro disse que não concorda com críticas que ouviu. Segundo ele, algumas pessoas disseram que Dunga copiou o esquema tático de José Mourinho, que deixou a Inter após a conquista da Liga dos Campeões. "É um erro dizer que ele copiou. Desde que chegou à seleção, o Dunga pede que prestemos atenção à parte defensiva", disse.

Brasil e Holanda se enfrentam nessa sexta-feira (2), às 11h (horário de Brasília), no estádio Nelson Mandela Bay, na cidade litorânea de Porto Elizabeth. O gramado do estádio não está em suas melhores condições, o que pode prejudicar o jogo técnico das duas equipes. O vencedor garante uma vaga nas semifinais da Copa do Mundo e disputa sua próxima partida na terça (6), às 15h30 (horário de Brasília), no estádio Green Point, na Cidade do Cabo.

 Muralha, paredão, melhor do mundo... Julio Cesar está mais do que acostumado com esses elogios. E na última sexta-feira, no empate com Portugal, ele teve mais uma atuação que justifica todos eles. Até porque no lance crucial da partida, o camisa 1 da seleção brasileira foi protagonista ao fazer importante intervenção.

A defesa mais importante de Julio Cesar contra a seleção portuguesa foi no segundo tempo. Aos 15 minutos, após desarme de Lúcio em Cristiano Ronaldo, a bola sobrou para Raul Meireles. O goleiro, então, se atirou e evitou o gol de Portugal. No choque com o português, ele machucou as costas - local onde sente dores desde antes da Copa - e precisou ser atendido.

- Estamos muito felizes com o setor defensivo. Até porque terminamos a fase de classificação em primeiro lugar. Agora começam aqueles jogos que dão mais friozinho na barriga. Mas tenho certeza que só voltaremos ao Brasil depois do dia 11 – declarou o goleiro titular da seleção brasileira.

Foi com defesas deste nível de dificuldade que Julio Cesar assumiu de vez a camisa 1 da seleção na era Dunga, para não largar mais.

Julio Cesar no momento em que salva o chute de Raul Meireles, em Durban (Foto: Reuters)

O primeiro lance foi em 12 de outubro de 2008, na vitória por 4 a 0 sobre a Venezuela, nas eliminatórias da Copa. Após cruzamento da esquerda, Julio Cesar defendeu, no mesmo lance, uma cabeçada e um chute à queima-roupa. Contra o Equador, em 29 de março de 2009, no empate por 1 a 1, atuação épica.

Dois lances se destacaram mais. Primeiro um chute da pequena área, com força, que ele espalmou. Depois, duas difíceis defesas seguidas, a primeira em cobrança de falta e a segunda no rebote. Em junho do ano passado, contra o Uruguai, vitória por 4 a 0. Mas ele teve trabalho para salvar uma cabeçada no canto esquerda.

Mas uma das últimas que mais impressionaram foi na Copa das Confederações. Na semifinal, contra a África do Sul, Julio Cesar salvou um chute de fora da área que desviou na zaga brasileira de maneira heroica. No fim, o Brasil venceu por 1 a 0.

Pela seleção brasileira, Julio Cesar já disputou 51 jogos. Sofreu 32 gols e saiu de campo derrotado em apenas três oportunidades, duas delas para o Paraguai (na Copa América de 2004 e nas eliminatórias da Copa de 2010) e uma para a Bolívia, também pelo torneio que dá vaga no Mundial.

A maior parte da carreira do camisa 1 no time verde e amarelo foi sob o comando do técnico Dunga, no cargo desde agosto de 2006. De para cá, Julio Cesar entrou em campo 40 vezes e foi vazado em 23 oportunidades. Nos últimos 39 jogos do Brasil, só não foi titular em dois amistosos, contra Venezuela (derrota) e Tanzânia.

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Após o empate sem gols com Portugal, o goleiro Julio César voltou a falar sobre o problema nas costas, que gerou diversas dúvidas sobre a real condição do jogador desde o amistoso contra a seleção do Zimbábue, antes da Copa. 

Nesta sexta-feira, o goleiro da Inter de Milão atuou com uma proteção no tronco, o que causou certo impacto na torcida e na imprensa.

O médico José Luiz Runco, em entrevista na zona mista, acabou com qualquer ruído sobre uma possível piora no quadro do jogador, explicando o motivo da utilização da proteção. "Ele tem um problema antigo na coluna dele, uma protusão", definida pelo médico como "um problema que você tem na vértebra que em certos movimentos aquilo comprime e dá dor". 

Uma comparação com a contusão do goleiro italiano Buffon, que tirou o jogador da Copa logo no primeiro tempo da estreia na Copa do Mundo, foi descartada imediatamente. "Uma coisa é hérnia, outra coisa é protusão", esclareceu.
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Um lance aos 16 minutos do segundo tempo da partida entre Brasil e Portugal deixou a torcida brasileira preocupada. E revelou também que Julio Cesar joga com uma proteção nas costas. Em um ataque português, Julio Cesar saiu nos pés de Raul Meireles, que acabou o acertando com os pés. O golpe foi no mesmo local onde ele sofreu uma pancada no amistoso contra o Zimbábue, há duas semanas. No atendimento médico, ao levantarem a camisa do goleiro, ficou evidente que usa uma proteção nas costas.

- Não sinto dor nenhuma. É só proteção para evitar o pior, me dá segurança. Faz parte do meu material, me sinto seguro psicologicamente falando.

Diante da sequência de perguntas sobre o objeto, o camisa 1 pediu para esquecerem o assunto.

- Sempre usei. No Inter (de Milão) eu também uso. Principalmente no frio para me manter aquecido. Gente, vamos falar do jogo. Vamos falar do jogo.Além de afastar as dúvidas sobre suas condições físicas, Julio Cesar mostrou otimismo sobre o futuro da seleção no Mundial.

- Nós vimos o jogo. Portugal mais uma vez estava jogando atrás para explorar contra-ataques. Valeu pela primeira colocação em um grupo difícil. Nosso grupo está de parabéns. Começa uma etapa complicada agora e não podemos perder. Tenho certeza que só vamos voltar para casa depois do dia 11. Copa não tem adversário, não dá para escolher. Só faltam quatro (jogos), vamos lá - disse.

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A Copa do Mundo na África do Sul ainda não acabou nem se sabe os campeões, mas Julio César está entre os cotados para ser premiado o melhor goleiro. Pelo menos é o que pensa o argentino Sergio Goycochea, melhor da posição na Copa de 90.

"Creio de que Julio César, do Brasil, vai confirmar o que vimos até agora", destacou ele, mas logo deixou transparecer seu lado torcedor. "Mas meu coração diz que Sergio Romero, da Argentina pode ser um grande nome dessa Copa".

O alemão Oliver Kahn, eleito o melhor em 2002, também acredita que o camisa 1 do Brasil vai ficar com a premiação. "Julio César pode ser o número 1", destacou, sem esquecer de outros nomes. "Já conhecemos Casillas. O goleiro da Alemanha (Manuel Neuer) é jovem e fez um bom jogo contra Gana. O goleiro do Japão (Eiji Kawashima) também é bom. O da Argentina (Sergio Romero) é calmo. Mas a partir de agora, das oitavas de final, vamos saber".

O goleiro do Chelsea, o tcheco Peter Cech não apontou nenhum favorito. "Ainda é cedo para apontar alguém. Depois desses três primeiros jogos, o goleiro pode ir bem, mas o time pode ser eliminado", finalizou.

Sobre as oitavas de final,  Goycochea  analisou a partida entre Argentina e México. "Será uma partida difícil. A Argentina jogou melhor que o México até agora, mas será difícil. O México virá com uma estratégia para vencer, mas acho que a Argentina está acima". 

Kahn não apontou favorito no duelo entre Alemanha e Inglaterra. "A Inglaterra tem um time experiente, com muitas estrelas. O time da Alemanha é jovem, mas tem um futebol muito interessante. Veremos". 
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Seu lugar é no Mengão!!!

Júlio César não gosta de ouvir que é o titular absoluto da seleção brasileira, mas não sofre qualquer ameaça de Doni e Gomes nesta Copa do Mundo. O goleiro lembra que se preparou por cinco anos para chegar ao torneio na África do Sul e considera sua trajetória no futebol italiano fundamental para o atual momento.

"Desde que cheguei à Itália, tive uma evolução muito grande. A escola italiana para goleiros é muito boa. Fiz um mix com a brasileira, porque também não deixa nada a desejar. Nesses cinco anos, amadureci e evolui. Sou muito mais experiente", comentou o atleta, que defende atualmente a Internazionale.

Além da trajetória no futebol europeu, Júlio César acredita que sua participação no elenco do Brasil na Copa do Mundo de 2006 também foi importante para sua condição de titular nesta edição da África do Sul.

"Tive oportunidade de fazer parte do grupo em 2006, quando fui o terceiro goleiro. Por isso, posso falar por quem não está jogando agora, pois só o fato de estar no grupo já é maravilhoso. Quem está jogando conquistou seu espaço", comentou o arqueiro, que completou.

"Em 2006, eu me dedicava ao máximo e estava preparado para jogar. Este grupo aqui é forte por causa disso. Todos estão focados em ganhar uma Copa do Mundo", finalizou.

Júlio César vive grande momento profissional

Tendo levantado a taça da Liga dos Campeões, da Serie A italiana e da Copa da Itália com a Inter de Milão, Júlio César diz agora quer a Copa do Mundo com o Brasil. Em alta, o preferido de Dunga é destaque no site da Fifa e apontado como futuro melhor goleiro do Mundial da África do Sul, muito também pela fase vivida por seus rivais.

Em 2006, o jogador foi reserva da Seleção, mas se tornou a primeira escolha do treinador brasileiro para a edição de 2010 após excelentes atuações nos últimos anos. Apesar de ter a meta vazada na estreia do Brasil, na vitória por 2 a 1 sobre a Coreia do Norte, Júlio César está vivendo um momento melhor que os goleiros que disputam com ele o título de melhor goleiro da temporada.

Gianluigi Buffon sofreu uma hérnia de disco no primeiro jogo da Itália contra o Paraguai e pode ficar de fora do restante do certame. Peter Cech, do Chelsea, seria um concorrente, mas sua seleção, a República Checa, não conseguiu se classificar para o Mundial.

A Fifa incluiu nesta lista o capitão da Espanha, Iker Casillas. Porém, o goleiro não está muito bem cotado entre os espanhóis, após a derrota para a Suíça e uma temporada ruim no Real Madrid.

Apesar do goleiro brasileiro dizer que não cobiça prêmios individuais, ele está entre os indicados para a eleição da Fifa de melhor jogador do ano, e, caso ganhe, repetirá o único feito de um goleiro: o soviético Lev Yashin, em 1963. "Seria ótimo a ser nomeado para a 'Bola de Ouro' ou o prêmio da Fifa", disse Júlio César.

Modesto, o goleiro afirma que seu objetivo é a glória com o Brasil. "Eu quero ganhar a Copa do Mundo. Perguntei ao Lúcio e ao Gilberto Silva (que estavam no título de 2002) se o troféu pesa muito e o Lúcio me disse que não poderia segurá-lo por cinco minutos, pois é muito pesado", brincou Júlio César.

"Eu lhe disse que se ganharmos, quero segurá-lo por uma hora e meia", sorriu o goleiro.

As atuações convincentes da Argentina nas duas primeiras rodadas da Copa do Mundo já começam a chamar a atenção da imprensa mundial. Porém, as vitórias dos hermanos sobre a Nigéria (1 a 0) e a Coreia do Sul (4 a 1) não preocupam o goleiro Julio Cesar. Para o camisa 1, no fim, a seleção brasileira vai levar a melhor como tem ocorrido nos últimos confrontos decisivos entre as equipes.

- É normal se perguntar muita coisa sobre a Argentina porque é um rival forte do Brasil. Quando se fala de Argentina se lembra do Brasil e vice-versa, mas tenho certeza que no final vai dar samba - disse o goleiro, ao ser questionado se o ritmo brasileiro levaria a melhor sobre o tango dos hermanos em um possível encontro entre as seleções na Copa do Mundo.

Na Era Dunga, o Brasil enfrentou a Argentina em quatro oportunidades. Foram três vitórias e um empate. Um desses triunfos aconteceu na Copa América de 2007, na Venezuela, quando a seleção bateu os hermanos por 3 a 0 e ficou com a taça. O único empate aconteceu em jogo válido pelas eliminatórias, no Mineirão, em Belo Horizonte (0 a 0).

Antes da chegada de Dunga, o Brasil levou a melhor em outros dois jogos decisivos contra os rivais. Na final da Copa América de 2004, no Peru, a seleção empatou no tempo normal com os argentinos por 2 a 2. Na decisão por pênaltis, Julio Cesar se consagrou ao pegar a cobrança de D´Alessandro, hoje no Internacional, e só observar a péssima finalização de Heinze.

Um ano depois, o Brasil goleou a Argentina por 4 a 1 na final da Copa das Confederações e ficou com o título. Adriano, que ficou fora da lista de convocados por Dunga, marcou duas vezes e foi eleito o melhor jogador da competição. Mesmo com todo o retrospecto favorável, Julio Cesar prega respeito aos rivais.

- A Argentina tem sempre que ser respeitada pelos jogadores que tem, pela seleção que tem - afirmou o goleiro brasileiro.

O camisa 1 ainda aproveitou para elogiar o bom momento vivido por Lionel Messi. Segundo Julio Cesar, o desempenho do argentino já era esperado por tudo o que ele fez na última temporada.

- O Messi pode desequilibrar uma partida. Todo mundo sabe o que ele pode fazer, principalmente pelo que vinha apresentando em seu clube. Ele começou muito bem a sua participação na Copa do Mundo - analisou o goleiro.

Neste domingo, às 15h30m (horário de Brasília), a seleção vai enfrentar a Costa do Marfim, no Soccer City, em Joanesburgo. O Brasil lidera o Grupo G, com três pontos. Ao lado de Portugal, os africanos ocupam a segunda posição, com um. A Coreia do Norte está em último lugar.

Em 2002, ele estava em excelente forma no Flamengo, e sonhou em ser convocado.

Em 2006, chamado por Parreira, foi o terceiro goleiro do Brasil em uma Copa em que sabia que não teria chances de entrar em campo.

Não jogou, mas aprendeu, e muito. Depois da Copa da Alemanha alcançou a maturidade que se traduziu em uma forma quase perfeita e desempenhos que não deixavam dúvida – Julio Cesar estava pronto para ser o goleiro titular na Copa do Mundo de 2010.

Só que faltava entrar em campo, ouvir o hino perfilado junto aos 10 companheiros. Não falta mais. Julio Cesar jogou contra a Coreia do Norte a sua primeira partida, que espera sejam muitas, de uma Copa do Mundo.

- Na hora do hino, a emoção toma conta. Não dá para descrever direito. Passam muitas coisas legais pela cabeça.

Em um jogo classificado como complicado,  pela falta de ambição ofensiva do adversário, Julio Cesar sabia do risco que estava correndo em levar um gol.

-É muito chato jogar contra um time que fica todo atrás. Eles ficam procurando uma brecha no contra-ataque, e como os norte-coreanos são jogadores muito rápidos, sabia que uma hora isso poderia acontecer.

Como todo bom goleiro que se preza, Julio não gosta de ser superado. Reconhece que ficou chateado com o gol da Coreia do Norte.

- Por mim e pelo sistema defensivo como um todo. Não gosto de tomar gol, de jeito nenhum.

Chateado pelo gol, mas muito mais feliz pelo que o Brasil conseguiu.

- Vencemos o primeiro. Faltam seis jogos.

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O goleiro Julio Cesar pouco tocou na bola na vitória da seleção brasileira por 2 a 1 sobre a Coreia do Norte, nesta terça-feira, no Ellis Park, em Joanesburgo, pela primeira rodada do Grupo G. Porém, no fim da partida, em um ataque despretensioso dos asiáticos, Yun Nam Ji deixou a sua marca e complicou um jogo que parecia resolvido para o Brasil. Para o camisa 1, o lance serve de lição para os companheiros para o restante do Mundial.

- O gol que nós tomamos serviu para abrir o olho e mostrar que tem que estar concentrado até o fim. Não há mais bobo no futebol. O importante foi a vitória. É chato jogar contra um adversário assim porque no mesmo momento em que você está atacando, você precisa pensar em se defender - analisou.

Para Julio Cesar, a tendência é que a seleção suba de produção na partida do próximo domingo, contra a Costa do Marfim, no Soccer City, também em Joanesburgo.

- Soubemos administrar bem o resultado e sair daqui com a vitória. Em toda estreia existem  ansiedade e nervosismo. No próximo confronto, teremos um desempenho melhor - disse o goleiro.

Julio Cesar aproveitou para explicar o lance do gol da Coreia do Norte, dizendo que nada poderia fazer para evitar a jogada.

- Para o goleiro, é ruim quando você joga uma partida como essa. Foi uma bola difícil, em que o atacante ficou cara a cara. Apesar de ter tomado o gol, ficamos felizes por ter vencido a partida.