Bola e efeito da altitude preocupam Júlio César; atacantes gostam
Júlio César já jogou diversas vezes com a bola usada nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo, mas está preocupado. Em conversas com companheiros durante o treino da seleção brasileira na última quarta-feira, na Granja Comary, o goleiro titular não escondeu que espera dificuldades na altitude de Quito neste domingo, no duelo com o Equador.
A capital equatoriana fica cerca de 2.800 metros acima do nível do mar. Em tal altitude, alguns dos efeitos mais sentidos em um jogo de futebol são a dificuldade para respirar e a mudança drástica de trajetória da bola em chutes fortes. Por isso, Júlio César está atento.
Na última quarta, o titular de Dunga e o reserva Doni discutiram o assunto durante treino. Após algumas finalizações dos meio-campistas de fora da área, Júlio César concluiu: "essa bola complica. É por isso que os equatorianos chutam do meio-campo".
Depois, foi a vez de Doni ter dificuldades diante da trajetória da bola, que sofreu mudança de direção. "O que essa bola faz?", questionou o goleiro da Roma, também usando tom de preocupação.
Júlio César também externou sua análise com o auxiliar-técnico Jorginho. Depois de reclamar da leveza da bola, ouviu do ex-lateral-direito: "lá no Equador será pior". O goleiro emendou: "vou falar para os meus zagueiros ficarem bem ligados".
Mas se os goleiros estão preocupados, os atacantes não veem problema. E tentam aproveitar as características da bola para estufar as redes. Nas finalizações que fizeram parte de treino técnico na quarta-feira, Luís Fabiano foi quem teve melhor aproveitamento. Após cruzamentos dos dois lados, ele teve 15 boas chances e fez oito gols (53%), superando Robinho (42%) e Alexandre Pato (27%).
0 comentários:
Postar um comentário